03/06/2008

Zero a Zero


Adoro esta!


A zero, a zero, a zero
vai o jogo começar
já se senta o desespero
precisamos de empatar!

Azeda, azeda, azeda,
a derrota é de amargar.
Zero-a-zero é labareda
não perdemos, sem ganhar...

E zero a zero, grão a grão, de nada em nada,
vai-se erguendo a barricada,
que há um zero a defender.
E são ferrolhos, tira-olhos, tira-teimas,
correrias, saltos, queimas,
quem m'as dera perceber!

Há zero ao meio, zero ao lado, acima, abaixo,
jogo branco barbicacho,
ziguezague, volta atrás.
Há um vazio revirando, enregelando,
passa tempo, jogo brando,
vezes zero, tanto faz...

Há zero a zero,
há sem a sem.
Com zero a zero
vai tudo bem

Há zero a zero,
há sem a sem.
Com zero a zero
vai tudo bem

Depois, depois, depois
vai dar muito que falar
nulidades ou heróis,
todos têm que zelar

A zero, a zero , a zero
há-de o jogo terminar
p'ra dizer, sem exagero:
Foi a zero, não há azar...

E, zero a zero, vou partir do ponto zero,
já não espero e acelero,
quem se queda também cai.
A zero à hora vou de roda e recupero,
quero dar a volta ao zero,
para ver aonde vai.

Com dois acordes faz-se a zero-apologia,

muitos zeros é mania,
zero a zero é pequenez.
Duas batatas são as lógicas baratas
dos empates, dos empatas,
empatamos outra vez...

Há zero a zero,
há sem a sem.
Com zero a zero
vai tudo bem

Há zero a zero,
há sem a sem.
Com zero a zero
vai tudo bem

Há zero a zero, zero, zero, zero, zero, zero.......

Há zero a zero,
há sem a sem.
Com zero a zero
vai tudo bem

Há zero a zero,
há sem a sem.
Com zero a zero
vai tudo bem

Há zero a zero (zero a zero)
zero a zero (zero a zero)
zero a zero (zero a zero)
vai tudo bem

Há zero a zero (zero a zero)
zero a zero (zero a zero)
zero a zero (zero a zero)
vai tudo bem

Há zero a zero (zero a zero)
zero a zero (zero a zero)
zero a zero (zero a zero)
vai tudo bem

Há zero a zero (zero a zero)
zero a zero (zero a zero)
zero a zero (zero a zero)
vai tudo bem